terça-feira, 5 de maio de 2015

Crianças capazes de sentir empatia pelos colegas são mais populares

Nova pesquisa australiana mostra que conseguir se colocar no lugar do outro ajuda tanto para fazer novas amizades quanto para mantê-las ao longo do tempo


Um recente estudo australiano mostra que crianças que conseguem identificar o que os amigos sentem, querem e pensam são mais sociáveis. A pesquisa, feita pela Universidade de Queensland, analisou crianças em idade pré-escolar e escolar.

A popularidade de cada criança foi medida através de nomeações por colegas de classe e avaliações dos professores.

O estudo mostra também que essa característica é importante na vida tanto das crianças mais novas, quando fazem amizades, quanto das mais velhas, para manter esses laços conforme crescem.

A pesquisa, publicada na revista "Child Development", também notou diferenças entre as interações sociais de meninos e meninas. Para elas, a amizade envolve mais intimidade e resoluções de conflitos. Isso pode apontar que as meninas precisam usar mais sua sensibilidade do que os meninos.

“Nosso estudo mostra que treinar as crianças para serem mais sensíveis aos pensamentos e sentimentos dos outros pode melhorar suas relações com os colegas. Isso pode ser particularmente importante para crianças que lutam com o isolamento social”, afirma Virginia Slaughter, professora de psicologia na Escola de Psicologia da Universidade de Queensland e autora do estudo, em comunicado. 

Teoria da mente

Ter empatia pelos colegas, ou seja, conseguir se colocar no lugar do outro e entender o que ele pensa, sente e quer é uma habilidade muito importante em episódios de interações sociais. Essa habilidade é classificada por estudiosos como teoria da mente.

A análise australiana foi baseada em 20 estudos diferentes que abordaram a relação entre a teoria da mente e a popularidade. Foram analisadas 2.096 crianças de dois a dez anos da Ásia, Austrália, Europa e América do Norte. A amostragem incluía crianças de diversas classes sociais, mas a predominância era de classe média. Em 17 estudos, a maioria das crianças era caucasiana.

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