segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Início e mudanças na vida escolar dos filhos exige uma adaptação de pais e alunos

Especialista dá dicas e orienta como agir nesses momentos tão importantes
 
Os primeiros dias de aula nem sempre são fáceis e exigem muitas vezes um processo de adaptação do estudante, que chega a um ambiente diferente e desconhecido, encontrando novas regras, amigos e professores. Mas, esse período de início e mudanças na vida escolar, também exige uma adaptação dos pais, que sofrem com a ansiedade e o medo da reação do filho.

Para quem está iniciando essa fase, a pedagoga Márcia Cristina Ferreira, diretora do Colégio Conviver, em Belo Horizonte, afirma que não existe uma idade certa para esse momento, já que vai depender das necessidades de cada família. “Tem pais que precisam voltar ao mercado de trabalho e fazem opção pela escola, substituindo a babá, enquanto outras chegam mais tarde, com três ou quatro anos. O importante é saber que a escola é um ambiente acolhedor, estimulador e quanto mais cedo a criança ingressar, mais potencialidades e habilidades ela irá desenvolver”.

A diretora garante que a família tem um papel fundamental neste processo de adaptação e que o primeiro passo é levar a criança quando for visitar a escola pretendida. “Assim, a família irá situá-la sobre o que está acontecendo e a criança poderá opinar. Também é importante explicar que a escola irá proporcionar novas amizades e aprendizado. Mas, na maioria das vezes o adulto sofre mais que a o filho. Os pais têm que acreditar e confiar na escola, assim passará mais segurança pra eles”.

Outro dilema enfrentado pelos responsáveis é saber lidar com o choro da criança e o sentimento de culpa, mas a pedagoga garante que tudo isso é normal. “Para o aluno, serão novos desafios e a linguagem mais fácil é o choro. Geralmente ele representa insegurança, medo, mas com o apoio da escola, ele vai adquirir confiança e dar conta. Já os pais se sentem incomodados por delegarem essa função a terceiros e até mesmo tristes. Porém, com o tempo, a própria criança proporciona um retorno positivo sobre a escola e eles se sentem melhor”.

Mudanças na vida escolar
Quando o aluno passa por uma mudança de ciclo, como por exemplo, a passagem da educação infantil para o ensino fundamental, os pais precisam participar mais da vida escolar deles, exigindo assiduidade e compromisso com as datas de entrega das tarefas avaliativas. “Nessa nova etapa a criança já será avaliada com notas distribuídas ao longo do ano e a progressão das séries é através de provas e exercícios avaliativos”, explicou Márcia.

Já quando o estudante muda de escola e consequentemente as amizades, a diretora afirma que caberá a professora ajudar a inserir o novo aluno no grupo. “É preciso buscar o que ele tem de bagagem, deixar a criança expor suas ideias, proporcionar um tempo livre para que ela possa explorar o novo espaço e se adaptar a uma nova rotina. Além disso, dificilmente a criança apresenta dificuldade em fazer amizade. Elas são muito comunicativas e tem uma riqueza de alegria muito grande”.
Em todas as fases, a instituição deve sempre acolher, passar segurança e se munir de profissionais preparados e com grande capacidade de elaborar, criar, pensar e construir para melhor receber esse aluno que está chegando.


segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Entrevista com ex-aluno do IEPS/COLÉGIO CONVIVER

Estudante lembra da época que estudou no IEPS e conta que a base que recebeu na escola foi muito importante para a sua formação.

O ex-aluno do Instituto Educacional Pintando o Sete/Colégio Conviver, Josué Beconha Pereira, de 18 anos, começou 2014 com muitos motivos para comemorar. No último dia 13 de janeiro, ele recebeu a notícia que foi aprovado no vestibular de medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), para o 1º semestre desse ano, em 32º lugar, de 120 vagas oferecidas.


Josué cursou o 2º e 3º período no Pintando o Sete entre 2001 e 2002. O estudante conta que a base que recebeu foi muito importante para ingressar no colégio que cursou o ensino fundamental. “Na época, a escola estava começando e éramos poucos alunos, mas o ambiente já era muito agradável, amigável e acolhedor. Além disso, eu era um dos poucos alunos da minha turma de 1º ano que sabia ler corretamente”.

Ele é o mais velho de três irmãos, sendo que todos estudaram no IEPS/Conviver. “Eu e minha irmã um pouco mais nova estudamos quase na mesma época e o caçula até o ano passado. Todos nós sempre gostamos muito da escola”.

Preparação para o vestibular

Depois de finalizar a educação infantil no IEPS, o ex-aluno cursou todo o ensino fundamental e médio no Colégio Batista Mineiro, parceiro do Conviver, e confessa que passou no vestibular sem fazer cursinho pré-vestibular. “Intensifiquei bastante os estudos durante o 3º ano no Batista e abri mão em muitos momentos do lazer e de outras coisas para conseguir passar no vestibular”.



Quando ficou sabendo que tinha sido aprovado, Josué estava com a mãe, que é diretora de uma das unidades do Colégio que estudava e comunicou imediatamente os seus amigos e familiares. “Todos ficaram muito felizes com a notícia”.


Além da UFMG, ele também passou no vestibular da Faculdade de Ciências Médicas para medicina e Biomedicina no UNI-BH. Até o ano passado, ele não tinha ainda nenhum curso definido, até que decidiu cursar medicina e hoje acredita que é o que deseja. “Estou bastante ansioso e empolgado com o curso, já pesquisei as matérias e os conteúdos que vou estudar”.

Jornal Estado de Minas

Especial Educação 

Pais não devem passar angústias e medos aos filhos em mudanças na vida escolar 
A dica é se preparar com antecedência para encarar novas fases 

Celina Aquino - Publicação: 25/01/2014 14:49 Atualização: 25/01/2014 15:26 

Ir para a escola era uma diversão, mas chegou a hora de lidar com atividades avaliativas. Há quem esteja pensando em como administrar um número maior de disciplinas e escolher a profissão. Outros contam os dias para iniciar o curso superior. Para muitos estudantes, o ano que começou será de mudanças na vida escolar. Dá um frio na barriga pensar em novas responsabilidades, mas não há motivo para desespero. A dica é se preparar com antecedência para encarar a nova fase. 

Aos 6 anos, as crianças precisam se acostumar com uma nova rotina na escola. Passar do ensino infantil para o fundamental significa aprender a estudar. “Por mais que tivesse para casa, o aluno fazia rápido e depois voltava a brincar. Agora, ele precisa de amadurecimento para reservar tempo para o estudo e para a brincadeira, uma vez que as exigências vão
Maria Luísa Ribeiro, de 6 anos, espera ansiosa o início das aulas (Beto Novaes/EM/D.A Press)
Maria Luísa Ribeiro, de 6 anos, espera ansiosa o início das aulas
aumentar”, destaca a psicóloga do Colégio Conviver Fernanda Seabra. De modo geral, as crianças deixam transparecer dúvidas e inseguranças em relação aos estudos e ao pensar nos professores e amigos que vão encontrar em sala de aula.

Maria Luísa Ribeiro, de 6 anos, espera ansiosa o início das aulas


“Estou com um pouco de medo”, confessa Maria Luísa Ribeiro de Paula, de 6 anos, que em fevereiro vai passar para o primeiro ano. Em conversa com a mãe, a menina descobriu que as atividades vão ser substituídas por provas em cinco disciplinas. Ela ainda nem sabe explicar o que é a avaliação, mas está certa de que vai ser muito mais difícil. “Tinha para casa só três dias. Este ano vai ser todo dia e meus pais vão ter que me ajudar”, adianta. Ao mesmo tempo em que demonstra preocupação, Maria Luísa espera ansiosa o início das aulas, pois está feliz em saber que este ano vai aprender a ler e escrever.

É normal que os pais fiquem ansiosos com a nova rotina de estudos e provas, mas a psicóloga do Colégio Conviver pede para que eles tenham cuidado de não passar angústias e medos aos filhos. Isso gera na criança uma preocupação desnecessária. “Vamos falar do que é positivo e vai acrescentar na vida da criança. Não falar em tomar bomba, mas do que tem de bom em passar de ano, como novos colegas, brincadeiras, habilidades e conhecimento”, orienta. Fernanda também lembra que a família deve ajudar o estudante a organizar a nova rotina e entender que ele agora tem um compromisso com a escola, estando sempre ao lado para apoiá-lo. Estudar deve ser um momento prazeroso, e não obrigação.