terça-feira, 31 de março de 2015

9 perguntas que os pais devem fazer todo dia para os filhos

Perguntas corriqueiras sobre o dia a dia melhoram a autoestima da criança e dão mais abertura à relação familiar


Disponibilidade de tempo tem se tornado algo cada vez mais raro no cotidiano das famílias modernas. Enquanto os pais trabalham, as crianças gastam a energia na escola - à noite, poucos têm disposição para conversar sobre os pontos altos do dia. Esse distanciamento e a falta do diálogo, porém, criam um afastamento emocional entre pais e filhos.

“O que você aprendeu hoje?” – essa pergunta também demonstra interesse pelo cotidiano da criança e faz com que ela se sinta estimulada a dividir com os pais coisas novas que aprendeu na escola.

“O que você mais gostou de fazer?” – o melhor jeito de conhecer os filhos é fazendo perguntas como essa, sobre as atividades e brincadeiras favoritas deles no dia. A criança se sente querida pelos pais quando pode compartilhar informações como essas.

“Como estão seus amigos?” – não saber quem são os amiguinhos dos seus filhos é um erro comum. Com cuidado de não interrogar a criança, a dica é perguntar como estão os amigos e o que eles fizeram de legal no dia.

“Como foi o seu dia?” – não precisa interrogar a criança ou exigir detalhes sobre tudo o que ela fez no dia. Mas é importante demonstrar interesse pelos eventos marcantes, para ficar por dentro do dia a dia dos filhos.

“Aconteceu alguma coisa que te chateou?” – é normal que os pequenos cheguem emburradinhos em casa. Com delicadeza, vale perguntar se algo aconteceu, deixando a criança à vontade para dividir as angústias com os pais.

“Seus professores falaram algo interessante hoje?” – ter conhecimento da vida escolar dos filhos é uma maneira de estimulá-los. Por isso, os pais precisam saber quem são os professores da criança e o que ela pensa a respeito deles.

“O que você pensa sobre isso?” – é um hábito comum dos pais dar opinião sobre tudo que diz respeito à vida dos filhos, sem perguntar como eles se sentem em primeiro lugar. Por que não inverter essa ordem e saber o posicionamento das crianças?

"Fez algum amigo novo hoje?” – outra maneira de demonstrar interesse pelas amizades da criança. Quanto mais à vontade ela se sentir para falar sobre esses temas cotidianos com os pais, melhor.

“O que você quer fazer amanhã?” – aqui, não se trata de criar uma agenda com todos os passos das crianças, e sim de demonstrar interesse pelos desejos e vontades dos filhos, fazendo parte dos planos deles.

Os efeitos dessa postura têm um impacto ainda maior nos pequenos. Eles se sentem desprezados e poucos estimados pelos próprios pais, como não fizessem nada suficientemente interessante para chamar a atenção dos adultos. Em longo prazo, esses sentimentos acabam estimulando uma maior insegurança e a dificuldade para se relacionar com outras pessoas. A criança prefere ficar isolada a compartilhar qualquer informação com os pais.

Criar laços verdadeiramente afetivos com os filhos não é algo tão impossível assim, mesmo com a correria do dia a dia. Um pouco de empenho, atenção e disponibilidade são suficientes para fazer a diferença no cotidiano dos pequenos. Não é preciso transformar tudo em uma grande discussão do relacionamento; perguntinhas simples, sobre a escola e os amigos, por exemplo, dão conta do recado.

“Sempre falo que o importante é a qualidade do diálogo entre pais e filhos. Mesmo que naquele dia só sejam alguns minutos, é mais interessante que eles sejam intensos e dedicados. Claro que quanto mais tempo conversamos com os filhos, melhor. Mas dá para separar alguns minutos e perguntar sobre o dia da criança, o que ela fez de legal e outras coisas importantes para ela. Sempre reforçando o amor incondicional da família”, aconselha Bibianna Teodori, coach e autora do livro “Coaching para pais e mães – Saiba como fazer a diferença no desenvolvimento de seus filhos” (Matrix).

À primeira vista, essas conversas podem até parecer banais, mas são fundamentais para o desenvolvimento dos filhos, em diversos aspectos. O diálogo é a oportunidade de ensinar valores e crenças importantes para os pequenos, que são de total responsabilidade dos pais. Além disso, é o caminho para estabelecer uma relação mais sincera e aberta com as crianças, que deixam de sentir medo dos próprios cuidadores. Para isso, vale evitar qualquer tipo de frase que tenha uma conotação negativa, como broncas, julgamentos e críticas.

“Quando os filhos percebem que têm um relacionamento saudável com os pais, a vida fica mais fácil. Isso porque eles sabem que sempre podem contar com o amor dos adultos. Eles entendem que, mesmo que tirem uma nota baixa na escola, os pais vão amá-los incondicionalmente. Muitas vezes, os adultos só criticam e brigam com as crianças. Por isso é importante reforçar as atitudes positivas dos pequenos, sem condenar as negativas. Assim, é possível desenvolver os talentos da criança de um jeito mais assertivo e satisfatório”, acredita Bibianna Teodori.

Respeitando o silêncio
Como tudo o que diz respeito à criação dos filhos, o equilíbrio é essencial para balancear a relação. Portanto, vale observar atentamente a disposição da criança para conversar – ou a falta dela, na pior das hipóteses. É natural que eles fiquem mais chateados e calados em algumas ocasiões, principalmente se algo tiver acontecido na escola. A dica dos especialistas é simples: pais precisam respeitar a introspecção dos filhos, deixando claro que as conversas podem acontecer numa outra oportunidade.

“Criar esse hábito é legal porque os pais conseguem observar de perto o comportamento dos filhos. Assim, dá para saber se eles estão mais arredios ou desapontados com alguma situação específica. Mas interromper alguma atividade importante das crianças só para conversar acaba gerando uma frustração. Elas podem se fechar para o diálogo com os pais, desenvolvendo uma defesa natural para se esquivar desses momentos”, pondera Rogéria Cruz, psicóloga e psicoterapeuta.

A postura dos pais também faz toda a diferença. Não adianta querer conversar de um jeito desinteressado ou agressivo, já que esses comportamentos assustam mais do que qualquer outra coisa. De acordo com Bibianna, é necessário agachar e ficar na mesma altura que a criança, olhando-a nos olhos durante toda a conversa. Assim, ela fica mais à vontade para se abrir com os pais.

quinta-feira, 26 de março de 2015

Impor limites é essencial para a criança ser segura e feliz

Estabelecer regras e definir limites é uma das grandes dificuldades para os pais de hoje, mas é também uma das atitudes mais importantes para criar uma criança segura e feliz


Limite é necessário em todas as fases. Está presente no desenvolvimento de questões morais e de aprender o certo e o errado", diz a terapeuta ocupacional, especializada em desenvolvimento da criança, Teresa Ruas, de São Paulo.

Desde cedo
Segundo ela, a infância é o primeiro contato da criança com as noções de que nem tudo é permitido a ela. A partir desta noção, ela aprende que deve respeitar esses limites da mesma maneira como deve ser respeitada também.

Para Teresa, quando os pais lidam com o limite com tranquilidade e segurança, constroem para seus filhos um ambiente funcional e que permite a eles entender que há coisas que não poderão fazer.

"Até os 3 anos, a criança tem uma estrutura emocional egocêntrica. Ela, literalmente, não entende o outro. Age de acordo com as sensações dela. Por isso, precisa ser ensinada, treinada mesmo a entender."

Limite é para...
Psicóloga clínica do Hospital Infantil Sabará, em São Paulo, Ana Lucia Gomes diz que, antes de estabelecer limites, os pais devem entendê-los também. As funções dos limites são:

1. Ensinar a criança a lidar com a frustração. É na infância que esse treino deve ser feito, para evitar que esse processo se torne doloroso na adolescência e na vida adulta", afirma.

2. Ajudar os pais a entenderem e agirem de maneira eficiente em ataques de birra. Ao estabelecer limites, não cedem às crises de birra da criança e não reforçam esse comportamento como sendo eficiente.

3. Estimular a independência no desenvolvimento da criança. "Uma criança que tem noção de que não pode tudo vai, com certeza, crescer mais independente e emocionalmente mais madura. Em compensação, atitudes de superproteção são desaconselháveis, porque não ajudam a criança a ultrapassar a frustração", alerta Ana Lucia.

A importância
O limite não é, necessariamente, uma restrição, explica Teresa, mas estabelece regras e uma rotina, que vão ajudar a criança a navegar pelo mundo com mais segurança. "É muito importante ela conhecer a rotina do dia, saber o que vai acontecer: que será alimentada, que vai ter a hora do banho e que vai chegar o momento da sonequinha. Isso a ajuda a desenvolver os conceitos de começo, meio e fim", diz Teresa.

Para a psicóloga Rosely Sayão, ensinar limites é ensinar a viver. Apenas os pais precisam fazer isso com bom senso, pois a criança adquire segurança correndo riscos. "Claro, ninguém vai permitir que corra riscos desnecessários. Mas é na ação, no experimentar, que ela aprende. Não adianta falar, a criança não entende, não consegue se controlar. É muito mais eficiente ensinar limites na prática", avisa Rosely.

Teresa reforça essa tese ao usar como exemplo a fase em que a criança começa a andar. "Eles se sentem tão donos do mundo quando conquistam essa etapa! E ela só pode acontecer com o treino de limites. Os pais não podem, realmente, ensinar o filho a andar. Esse é um treino da criança. Ela deve aprender sozinha a controlar o corpo. O papel dos pais é incentivar e ajudar, oferecer um apoio, por exemplo. Mas a criança vai cair. Ela precisa cair para testar suas habilidades e aprimorá-las. Precisa cair para entender seus limites, para passar por cima da frustração inicial e conseguir, finalmente, caminhar sozinha."

Cuidado com o "não"
Entender a importância do limite ajuda a criar maneiras mais eficientes de ensiná-los. Muitas vezes, uma afirmação é mais eficiente do que o bom e velho "não". "A criança até entende que 'não' é 'não', mas não vai desistir por isso. Ela não consegue. O ideal é ensinar no ato, com assertivas", diz Rosely.

Para a neurolinguística, o 'não' cria uma imagem mental na cabeça da criança que a estimula a fazer exatamente o que se pede para que ela não faça. "Um exemplo bem prático é o clássico dedinho na tomada. Na hora em que o pai diz 'não ponha o dedo na tomada', o que fica na cabecinha da criança é 'tomada'. E ela vai insistir. O ideal é desviar o foco da tomada, oferecendo uma alternativa - por exemplo, 'venha para perto da mamãe' ou qualquer outra sugestão de atividade que mude o foco da criança", diz Alexandre Bortoletto, psicólogo e instrutor da Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística.

Segundo ele, a assertiva é sempre melhor do que a negativa. O especialista explica que uma negativa, em vez de educar, pode acabar incentivando a criança a ir em frente no comportamento inadequado. Dizer o que quer que a criança faça, de forma clara e sempre oferecendo opções, é um bom caminho para ajudá-la a entender que ela tem uma gama de ações em que pode agir.
Em “casos de emergência”

"Eu sou pai de uma criança de 3 anos e vivencio essa questão do limite diariamente. Vamos acabar escorregando uma vez ou outra no 'não'", conta Alexandre. "Mas é normal, fomos criados assim, com este condicionamento. Eu mesmo me pego falando 'não'! O importante é acrescentar um 'sim' imediatamente. No caso da tomada, claro que nenhum pai vai deixar o filho levar um choque! Se ele disse o `não¿, deve acrescentar uma escolha. Por exemplo: 'Não! Não ponha o dedo na tomada! Olha que bonito este livro que o papai pegou para você. Vamos ler esta história juntos'? ou qualquer outra proposta, um jogo, um brinquedo. É importante sempre oferecer escolhas."
Limite do bem

Para Teresa, os pais andam com medo e com culpa de estabelecer limites e isso é prejudicial para todos os envolvidos, em especial para a criança. "A mãe fica o dia inteiro fora, trabalhando; quando chega em casa e tem alguns momentos com as crianças, não quer ser a chata que diz 'não'. Mas ela não está sendo chata, e a criança não vai deixar de gostar da mãe por isso. Ao contrário, vai encontrar nesse limite o suporte que precisa para se sentir amada."

Para Ana Lúcia, a experiência em clínica mostra que pais que cresceram sem muitos limites têm mais dificuldades em estabelecê-los com o próprio filho. Já os que foram educados com regras mais claras podem ser um pouco mais rígidos. "Aí é que está a beleza de se criar uma criança: no equilíbrio. O excesso de limite é tão ruim quanto sua ausência. Pais superprotetores criam crianças mais imaturas e menos preparadas para encarar a vida de maneira segura."

Alexandre oferece uma dica para ajudar pais a ensinarem limites, sem usar o "não" e reforçando o sentido de independência e responsabilidade da criança: "O `ou¿ é uma falsa escolha e um artifício excelente para ser usado pelos pais. Você pode perguntar a seu filho se ele prefere tomar banho antes do almoço OU na hora de dormir. O banho, seu objetivo, está garantido, mas você evita que a criança reaja mal à ideia. A única coisa é que você tem de manter o combinado. Isso é importante, para ele entender que optou e deve cumprir. Essa falsa escolha pode ser aplicada em diversas situações e costuma funcionar bem."

Para Teresa, o mais importante é que os pais entendam e aceitem a tarefa de ensinar limites a seus filhos como um privilégio e um ato de amor. "Não é fácil, eu sei. Especialmente porque o mundo, as pessoas, os adultos andam muito sem limites. Mas essa é só mais uma razão para criarmos uma geração que lide melhor com as frustrações. Minha orientação é para que os pais nunca se sintam mal por ajudar seus filhos a crescerem como adultos saudáveis, felizes e seguros. Não há maior prova de amor do que essa."
E a birra?

Para os especialistas, um dos pontos mais importantes é a birra. "Ela é o recurso máximo da criança. Os pais não devem ceder a ela de maneira nenhuma. Seu filho está testando limites. Se ultrapassá-los, vai se tornar um adolescente imaturo e malcriado", diz Teresa.

Para Ana Lucia, um pai que, diante de uma birra pública, por nervosismo ou vergonha, atende aos desejos da criança, vai reforçar nela a ideia de que sempre conseguirá o que quiser se começar a chorar e espernear. "Meu conselho é simples: se você estiver em casa, simplesmente deixe-a chorar. Ela vai parar. Claro, isso pode ser desgastante, mas ela vai parar e, rapidamente, deixará de lado esse artifício."

Alexandre recomenda duas saídas para os ataques em locais públicos. "Ou você, fisicamente, retira a criança do local, pega seu filho no colo e encerra o passeio ou consegue resolver a crise sem ceder. Uma ideia é oferecer escolhas. O importante é não estimular esse comportamento."

segunda-feira, 23 de março de 2015

Trabalhando a sustentabilidade

O Colégio Conviver adotou o tema sustentabilidade para ser trabalhado com os alunos no decorrer do ano. O objetivo é fazer com que as crianças entendam a importância desse assunto, principalmente diante da atual crise hídrica.
Em cada sala, diferentes projetos relacionados á esse tema foram criados, e estes são expostos á medida que vão sendo realizados.
A sala do maternal 3, da professora Andréia, plantou sementes de girassol para cada aluno e todos os dias eles as aguavam. Uma mudinha não estava sendo aguada e com o tempo os alunos puderam concluir que a água é fundamental para o crescimento dos seres vivos.
Outro trabalho realizado foi com a professora do 1º Período, Tatiane. Esta fotografou momentos em que usamos a água e de uma forma divertida passou a mensagem para todos que entravam em nossa escola. Todas as outras professoras do colégio também mandaram mensagens para quem visitava o colégio e para todos os outros alunos e professores sobre a necessidade de cuidados com a água. Esses trabalhos estão expostos nos corredores da nossa escola.
 O trabalho final realizado por todos da escola foi a confecção de cartazes informativos para todas as pessoas que passam em frente ao Colégio. Assim, facilitamos o acesso para que todos possam vê-los e aprender um pouco mais com a turma do Colégio Conviver. 

Confira as fotos! 








Por alternativas ainda mais prazerosas de aprender

A Leiturinha possibilita diversas formas de aprender e se divertir em família; e traz sempre novidades para tornar cada vez mais encantador o momento do aprendizado



O Clube Leiturinha é um produto pioneiro. Ele é o primeiro clube de assinaturas de livros infantis do Brasil e o único a entregar mensalmente livros que estimulam a imaginação e a criatividade para mais de 5.000 pequenos em 1.500 cidades em todo o país. O Kit contém uma cartinha com dicas pedagógicas especiais de como contar a história dos livrinhos e com orientações que indicam quais são as áreas de desenvolvimento exploradas pelos livrinhos recebidos.

O Clube oferece às famílias a melhor maneira de aproveitar o tempo junto dos pequenos: através da leitura compartilhada.

Mas e se nossas famílias de leitores pudessem ter essa experiência mágica da leitura a qualquer tempo e em qualquer lugar? Foi com este objetivo que foi criada a Leiturinha Digital.

O aplicativo disponibiliza um acervo completo de livros infantis com acesso ilimitado para ler no tablet. Ele permite a criação de vários perfis de acordo com a faixa etária do pequeno leitor, o que possibilita uma recomendação mais indicada dos livros. Além disso, é possível avaliar, adicionar aos favoritos e saber sobre os lançamentos.

E como a dedicação em proporcionar momentos de qualidade às famílias não tem fim, a Leiturinha está sempre inovando para oferecer ainda mais possibilidades aos pequenos leitores.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Na mídia!


Não perca na próxima segunda-feira, dia 23, a entrevista da psicóloga Fernanda Seabra, do Colégio Conviver, no programa Manhã da Globo, pela Rádio Globo, a partir das 11h20, ao vivo. A especialista vai falar sobre a criação dos netos pelos avós e suas influências. 



Acompanhe pela AM 1150 ou pelo site: www.radioglobo.com.br 

quarta-feira, 18 de março de 2015

Fome oculta: quando a criança sofre de carência de nutrientes

A fome oculta vem de mansinho, sem sintomas, mas pode comprometer o crescimento e o desenvolvimento cognitivo e até tornar o corpo mais vulnerável a doenças


A fome oculta, fome silenciosa ou deficiência marginal é uma deficiência crônica de micronutrientes (vitaminas ou minerais) e é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a necessidade não explícita deum ou mais dos 26 micronutrientes essenciais para o bom funcionamento do organismo. "Apesar de desenvolver alterações silenciosas, a fomeoculta pode deixar sequelas", afirma Márcia de Almeida, pediatra do Hospital Santa Catarina, de São Paulo. De acordo com Cristiane Kochi, médica assistente da Unidade de Endocrinopediatria do Departamento dePediatria da Santa Casa de São Paulo, se a deficiência de micronutrientes for prolongada, a doença pode se tornar sintomática.

A principal causa da fome oculta é uma alimentação deficiente, sem todos os nutrientes essenciais para o bom funcionamento do organismo - o que não quer dizer, necessariamente, que essa pessoa come pouco, mas sim que ela não come com qualidade. "Todo e qualquer distúrbio de alimentação da criança que não come e da criança que come demais, masde forma equivocada, pode ser um importante fator de risco", esclarece Mauro Fisberg, nutrólogo, pediatra e coordenador do Centro deDificuldades Alimentares do Instituto PENSI - Fundação José Luiz Setúbal - Hospital Infantil Sabará, de São Paulo.

No Brasil, o problema atinge os mais pobres, que não conseguem ter uma alimentação completa, e os mais ricos, que muitas vezes deixam decomer corretamente e buscam alimentos com calorias vazias, com poucos ou nenhum nutriente, como industrializados e frituras.

Segundo Durval Ribas Filho, médico nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), estudos como a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, revelam que a fome oculta no Brasil é muito mais comum do que efetivamente se pensava. "Em algumas regiões e em alguns grupos, chegaa atingir 70% da população."

De acordo com Jairo Len, pediatra do Departamento Materno-Infantil do Hospital Israelita Albert Einstein e da Clínica Len de Pediatria, de São Paulo, no mundo, a proporção é um pouco menor e se concentra em países mais subdesenvolvidos. "Estimativas mundiais calculam que entre 1/4 e 1/3 da população mundial sofra de fome oculta. Claramente é mais grave em áreas onde a fome não é tão 'oculta', como na África."

Essa é uma doença democrática: além de atingir todas as classes sociais, está presente em todas as faixas etárias. Pode ser mais grave nas crianças, por afetar o crescimento e o desenvolvimento físico e mental. "A fome oculta é uma condição que atinge mais crianças, por causa dehábitos alimentares pouco variados, com seletividade alimentar e neofobia (recusa a experimentar novos alimentos). Além disso, as crianças têm necessidades maiores de micronutrientes, devido ao rápido crescimento eà formação de órgãos vitais", explica Len.

As consequências da fome oculta incluem alterações do crescimento e desenvolvimento (baixa estatura e baixo peso) e alterações cognitivas (aprendizado, inteligência, capacidade de resolver problemas e memória), especialmente quando surge pela falta de ferro, cálcio e vitaminas, que podem causar ainda osteopenia (perda de massa óssea). Além disso, adeficiência de micronutrientes deixa o corpo mais vulnerável. "A longo prazo, pode levar a alterações do sistema imunológico, aumentando, portanto, o risco para doenças infecciosas", destaca Cristiane Kochi.

Como pode envolver um ou mais micronutrientes, o diagnóstico da doença é mais complicado do que parece e envolve um olho treinado. "Existem algumas carências de vitaminas e minerais que são detectadas clinicamente. No exame físico, é possível notar alterações de cabelo, língua, pele, unhas, tecido subcutâneo, marcas corporais, palidez e outros sinais", explica Fisberg. E completa: "Em alguns casos, somente exames que não são de rotina ou de prática comum podem determinar a carência da vitamina ou do mineral".

Para determinar quais são os micronutrientes que mais faltam nas mesas, é preciso avaliar a faixa etária. "Nos três primeiros anos de vida, aanemia por deficiência de ferro é a mais comum das carências nutricionais em todo o mundo, chegando a afetar aproximadamente de 40 a 50% das crianças, especialmente nos países menos desenvolvidos", revela Fisberg.A OMS chama a atenção para a deficiência de ferro, vitamina A e iodo.

Já no Brasil, estima-se que a deficiência de ferro atinja entre 30 e 50% das crianças menores de 3 anos. "Em um estudo que fizemos com aanálise da ingestão de alimentos em crianças pré-escolares de todo o Brasil, o Nutri Brasil Infância, verificamos que a carência de vitaminas A, E, C e D é bastante frequente em crianças de todos os níveis econômicos, devido à menor ingestão de frutas, verduras e legumes. Além disso, coma diminuição do consumo de lácteos, a deficiência de cálcio vai se agravando, de forma que praticamente 100% dos adolescentes e adultos brasileiros não conseguem ingerir a quantidade adequada desse mineral: três porções de alimentos lácteos, como iogurtes, leites e queijos", pontua Fisberg.

Tratamento
Assim que o diagnóstico de ausência de determinado micronutriente é feito, o médico, muitas vezes em parceria com um nutricionista, orienta o paciente a fazer uma reeducação alimentar. A partir do momento em quea pessoa passa a ter uma dieta balanceada, ela começa a absorver os micronutrientes que faltavam. "Tem que comer ovo, carne, peixe, legumes e verduras, arroz e feijão. Se todo brasileiro tivesse um prato dearroz e feijão por dia, não teríamos desnutrição. A ingestão depolivitamínicos não é o mais recomendável, pois eles repõem o patamar mínimo para o organismo funcionar, sem haver uma reposição profunda", diz Ary Lopes Cardoso, chefe da Unidade de Nutrologia do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas (FMUSP).

O melhor remédio ainda é a prevenção. Seguindo orientações gerais deconsumo saudável de alimentos variados, é possível evitar com êxito não somente a fome oculta, mas outras doenças de cunho alimentar, como obesidade, diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares.
Receita de sucesso

Márcia de Almeida, pediatra do Hospital Santa Catarina, dá algumas dicas que podem ajudar os pais:
1) Consumir alimentos saudáveis em casa e na escola.
2) Fazer educação ou reeducação alimentar: treinar o paladar com aintrodução dos diferentes alimentos.
3) Oferecer frutas, legumes e verduras em pedaços para serem degustados, e não misturados ou escondidos, para evitar o desenvolvimento de comedores seletivos (picky eaters).
4) Ensinar às crianças hábitos alimentares saudáveis. Os adultos devem ser bons exemplos para elas.
Inserir alimentos diferentes rotineiramente e oferecer diversas vezes, até que se torne um hábito.
5) Evitar o excesso de consumo de alimentos industrializados, ultraprocessados, com alto teor de sal, carboidrato e gordura. 
6) Dar preferência à alimentação natural saudável.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Dia do Circo!


Na última sexta-feira, o Colégio Conviver comemorou com seus alunos o Dia do Circo, celebrado em 15 de março. As crianças criaram e vestiram fantasias de mágicos e palhaços, além de produzirem desenhos e pinturas sobre o universo circense. Confiram! 









sexta-feira, 13 de março de 2015

Dia da Escola!

Desde já gostaríamos de dizer que estamos muito felizes por comemorarmos esse dia com vocês!


terça-feira, 10 de março de 2015

Supervalorização dos filhos pode gerar crianças narcisistas

Filhos descritos pelos pais com frases como “mais especial do que outras crianças” pontuaram mais em testes de narcisismo


Embora amar um filho seja absolutamente normal e extremamente positivo, o exagero dos pais na hora de valorizar seus rebentos pode gerar comportamentos narcisistas, aponta uma pesquisa feita pela Universidade de Ohio, nos Estados Unidos.

O objetivo do estudo era elucidar as origens do narcisismo. Para isso, os pesquisadores entrevistaram 565 crianças entre sete e 11 anos e seus pais por quatro vezes ao longo de um ano e meio. As entrevistas foram conduzidas de modo a tentar identificar quais fatores levariam as crianças a terem uma visão “inflada” sobre si.

Os resultados mostraram que filhos descritos pelos pais com frases como “mais especial do que as outras crianças”, e como crianças que “merecem algo mais na vida”, por exemplo, pontuaram mais em testes de narcisismo ao final da pesquisa.

“As crianças acreditam quando seus pais lhes dizem que elas são mais especiais do que os outros. Isso pode não ser bom para eles ou para a sociedade”, observou Brad Bushman, coautor do estudo e professor de Comunicação e Psicologia na Universidade do Estado de Ohio. Bushman conduziu o estudo com o autor principal, Eddie Brummelman, pesquisador de pós-doutorado na Universidade de Amsterdã, na Holanda. O estudo foi publicado na edição online da revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências.

“Autoestima elevada é achar que você é tão bom como os outros. Narcisismo é achar que você é melhor do que os outros”

De acordo com Brummelman, pais em geral têm a melhor das intenções ao supervalorizar seus filhos, achando que vai ajudar a aumentar a autoestima deles.


terça-feira, 3 de março de 2015

Dicas sobre como estudar em casa e não perder o foco


Agora você vai ler 3 super dicas sobre como estudar em casa tranquilamente. Sem perder o foco e conseguir alcançar excelentes resultados a curto e longo prazo.O sucesso das dicas vai depender unicamente de você.

Vamos lá?

1. A rotina de estudar em casa
Estudar em casa deve se tornar um habito, uma rotina.

Já está mais que provado que estudar todos os dias aumenta a fixação dos conteúdos e as aulas se tornam mais interessantes.

Não quer dizer que aquele professor mala vai ficar gente boa ou que os slides vão parar de te dar sono.

Estamos falando que a medida que seu conhecimento na matéria aumenta, os conceitos que você vê na aula fazem mais sentido.

Porquê você já entende partes dele.(Estudou em casa!)

Quando o ato de estudar em casa virar um hábito, você vai deixar de fazer “apenas” porquê precisa passar nas matérias da faculdade.Você vai estudar porquê isso agora é uma coisa cotidiana e você faz todo dia.

Mesmo que você não goste de estudar em casa, comece com alguns minutos por dia. Não precisa dominar a matéria toda na primeira rodada de estudos! Comece com pequenos passos diários.

Você vai sentir a diferença com o tempo, e isso será excelente para você.


2. Estude em casa com metas claras e alcançáveis
"Para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve."- Gato Risonho, em “Alice no País das Maravilhas”

Essa é a dica que você não pode ignorar. De jeito nenhum!

Saiba onde quer chegar, tenha metas nos seus estudos. Isso vai ajudar você a saber o que precisa aprender naquele dia.

Mesmo que você esteja começando, faz bem para a sua rotina de estudos fixar metas de aprendizado.

Metas do tipo:
Aprender 10 novas palavras do inglês
Dominar funções matemáticas
Ler 15 páginas de um livro sobre leis trabalhistas
Aprender como o Linux funciona
Entender o conceito de programação defensiva

Perceba que eu coloquei ali : “Aprender 10 novas palavras do inglês” ao invés de “Aprender inglês”.

Está claro que eu quero aprender novas palavras do inglês. Essa meta éalcançável e faz parte de uma meta maior.

É importante definir metas claras e alcançáveis. Caso contrário você poderá ficar perdido dentro das suas próprias metas.

3. Exercícios e Auto Explicação
Pratique, pratique e pratique.

Faça os exercícios propostos pelo professor ou mesmo pelo livro que está lendo. Se não encontrar exercícios propostos em nenhum desses dois lugares, a internet está cheia de exercícios de pessoas que estão dispostas a ajudar quem quer aprender.

Praticando o que você está aprendendo é excelente para o seu processo de aprendizagem.
Não importa em qual nível você está naquele assunto, praticando você vai conseguir ir para o próximo nível.

Explique para si mesmo

Antes durante ou depois de fazer os exercícios você deve fazer uma explicação para si mesmo do que acabou de ler.

A ideia aqui é tirar as informações das páginas do livro, processar as informações estudadas e transforma-las em conhecimento.

É bem simples, explique pra você mesmo em voz alta aquilo que você acabou de entender, não é ler em voz alta, é explicar o que acabou de entender, como se tivesse explicando para outra pessoa.

É uma dicas muito simples, mas muito poderosa e eficaz.

FONTE: http://blog.mentelivre.digital