Meninas de 11 a 13 anos podem se proteger do câncer de colo de útero
O Ministério da Saúde comunicou nesta sexta (29) que a segunda dose da
vacina contra o HPV (papiloma vírus humano) começará a ser oferecida no
SUS e nas escolas públicas e privadas a partir de segunda-feira (1 de
setembro). Assim como na primeira imunização, ocorrida há seis meses,
terão direito a ela todas as meninas de 11 a 13 anos.
Se a sua filha fez 11 anos recentemente ou completará até dezembro, ela pode comparecer até o fim do ano aos postos e receber a primeira dose. O esquema é o mesmo utilizado em países como Argentina e Suíça: intervalo de seis meses para a segunda vacina e de 5 anos para o reforço, prolongando a proteção. "Sem a segunda dose, não há imunização", reforça Arthur Chiori, ministro da Saúde. "Nós vamos mudar a história do câncer da mulher em nosso país."
Desde 10 de março até junho, mais de 4,3 milhões de pessoas foram beneficiadas. Considerando os seis meses, o Ministério da Saúde afirma que alcançou 87,5% do grupo-alvo. Em 2015, o público será ampliado e garotas de 9 e 11 anos também serão contempladas pela vacinação. A partir de 2016, a ação ficará restrita às de 9 anos. O objetivo é imunizar 80% do total de 5,2 milhões de meninas de 9 a 15 anos no país até 2016. Além de proteger contra o câncer de colo de útero, essa imunização também impede o aparecimento de verrugas no ânus e na genitália.
Se a sua filha fez 11 anos recentemente ou completará até dezembro, ela pode comparecer até o fim do ano aos postos e receber a primeira dose. O esquema é o mesmo utilizado em países como Argentina e Suíça: intervalo de seis meses para a segunda vacina e de 5 anos para o reforço, prolongando a proteção. "Sem a segunda dose, não há imunização", reforça Arthur Chiori, ministro da Saúde. "Nós vamos mudar a história do câncer da mulher em nosso país."
Desde 10 de março até junho, mais de 4,3 milhões de pessoas foram beneficiadas. Considerando os seis meses, o Ministério da Saúde afirma que alcançou 87,5% do grupo-alvo. Em 2015, o público será ampliado e garotas de 9 e 11 anos também serão contempladas pela vacinação. A partir de 2016, a ação ficará restrita às de 9 anos. O objetivo é imunizar 80% do total de 5,2 milhões de meninas de 9 a 15 anos no país até 2016. Além de proteger contra o câncer de colo de útero, essa imunização também impede o aparecimento de verrugas no ânus e na genitália.
Aproximadamente 15 milhões de vacinas serão distribuídas. Segundo o
Ministério da Saúde, quando se aproximar a data de tomar a segunda e a
terceira doses, a menina receberá uma carta, informando o endereço do
posto de saúde onde será vacinada – isso será possível graças a um
sistema que armazena dados como nome, endereço e telefone de cada uma.
Até 2018, de acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil já terá capacidade de produzir a vacina contra o HPV. A empresa alemã Merck fará a transferência de tecnologia nesse intervalo para o Instituto Butantan.
Até 2018, de acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil já terá capacidade de produzir a vacina contra o HPV. A empresa alemã Merck fará a transferência de tecnologia nesse intervalo para o Instituto Butantan.
Sobre o HPV
O vírus do papiloma humano é responsável por cerca de 90% dos casos de
câncer do colo de útero, o segundo tipo de câncer mais frequente em
mulheres. Ele é transmitido por meio do contato sexual. Estima-se que
mais de 290 milhões de mulheres no mundo sejam portadoras do HPV. No
Brasil, cerca de 685 mil pessoas são infectadas pelo vírus a cada ano e
4.800 mulheres morrem em decorrência da doença.
A idade mínima para tomar a primeira dose foi definida a partir de
pesquisas sobre o início da vida sexual das adolescentes brasileiras.
Atualmente, cerca de uma em cada cinco mulheres no oitavo ano do ensino
fundamental (13 ou 14 anos) afirma já ter feito sexo, de acordo com
dados do Ministério. As evidências científicas mostram que a imunização é
mais eficaz quando introduzida antes do início da atividade sexual.
Por ser tratar de um vírus relacionado à atividade sexual, o Ministério quer evitar que se construam tabus em torno do problema. Por isso, será preciso deixar claro que a vacina não eliminará a necessidade de uso da camisinha durante as relações sexuais, já que não protege de todos os subtipos do HPV nem de outras doenças sexualmente transmissíveis. O teste de Papanicolau também não deve ser esquecido. A longo prazo, o governo avaliará o impacto da vacina, medindo a incidência do câncer de colo de útero e o índice de mortalidade da doença.
Por ser tratar de um vírus relacionado à atividade sexual, o Ministério quer evitar que se construam tabus em torno do problema. Por isso, será preciso deixar claro que a vacina não eliminará a necessidade de uso da camisinha durante as relações sexuais, já que não protege de todos os subtipos do HPV nem de outras doenças sexualmente transmissíveis. O teste de Papanicolau também não deve ser esquecido. A longo prazo, o governo avaliará o impacto da vacina, medindo a incidência do câncer de colo de útero e o índice de mortalidade da doença.
FONTE: ResvistaCrescer.globo.com